Sumário
Durante sua campanha eleitoral, a prefeita de Floresta, Rorró Maniçoba, comprometeu-se a respeitar a Lei Municipal que institui o Dia do Evangélico, celebrado oficialmente em 30 de novembro. Contudo, uma recente decisão da gestão municipal gerou grande insatisfação na comunidade evangélica: o evento, tradicionalmente realizado na data estabelecida pela lei, foi remarcado para 26 de dezembro, em frente à Prefeitura, ignorando a legislação e as reivindicações do Conselho de Ministros Evangélicos de Floresta (COMEF).
Decisão Arbitrária e Falta de Diálogo
A mudança de data e local surpreendeu e descontentou os representantes do COMEF, que haviam solicitado formalmente que a celebração fosse realizada na Avenida Audomar Ferraz, em frente ao Banco do Brasil — como já ocorrera em edições anteriores. No entanto, o pedido foi desconsiderado pela administração municipal, que definiu unilateralmente a data e o local, sem qualquer consulta ou diálogo com a comunidade evangélica.
Além disso, a divulgação oficial do evento nas redes sociais da Prefeitura foi criticada por omitir qualquer referência ao COMEF. A logomarca do Conselho, que representa a união das igrejas evangélicas no município, também foi negligenciada, desvalorizando o papel desta entidade, que deveria ser uma parceira ativa no planejamento e organização do evento.
Prioridade ao Show em Detrimento da Pregação
Outro ponto controverso foi a ênfase dada ao show da cantora gospel Valesca Mayssa, que, segundo informações obtidas, receberá um cachê de R$ 150.000,00. Embora apresentações musicais de qualidade possam agregar valor ao evento, a principal intenção do Dia do Evangélico deveria ser a celebração da fé e a pregação da Palavra de Deus. No entanto, o foco na atração artística e a falta de destaque para as práticas religiosas tradicionais criaram a impressão de que o evento está sendo usado para promoção pessoal da gestão municipal, em detrimento de sua verdadeira finalidade.
O Estado Laico e o Respeito à Diversidade Religiosa
É importante lembrar que o Brasil é um Estado laico, o que implica que as decisões administrativas devem ser imparciais e respeitar a diversidade religiosa, sem favorecimento ou intervenção de qualquer esfera do poder público. Nesse sentido, a postura da prefeita Rorró Maniçoba levanta preocupações sobre a autonomia das comunidades religiosas e o papel do Estado na gestão de eventos públicos que envolvem questões de fé.
Conclusão e Expectativas
A comunidade evangélica de Floresta, por meio do COMEF, espera que a administração municipal reconsidere sua decisão e promova um ambiente de diálogo e colaboração. O Dia do Evangélico deve ser celebrado com respeito à sua essência, priorizando a união das lideranças religiosas e a verdadeira mensagem de fé que este dia representa para a cidade.
A expectativa é que a gestão municipal corrija o rumo da situação, respeitando os compromissos assumidos durante a campanha e a diversidade religiosa presente em Floresta. A comunidade aguarda respostas e ações concretas que atendam às suas demandas e garantam que o Dia do Evangélico retome o seu caráter espiritual, longe de interesses políticos ou promocionais.