A gestão municipal de Rorró Maniçoba, em Floresta, tem evidenciado uma preocupante falta de planejamento e sensibilidade administrativa. Recentemente, um episódio emblemático escancarou a negligência da atual administração: a população precisou organizar uma vaquinha para consertar uma simples trave de uma quadra esportiva. Tal ação, que demonstra a exaustão de moradores diante do descaso público, foi recebida pela prefeita com uma nota proibindo qualquer cidadão de realizar reparos em bens públicos.
Essa postura, além de autoritária, evidencia o distanciamento da gestão em relação às reais necessidades da comunidade. Enquanto outros municípios têm adotado práticas que incentivam a população a colaborar com melhorias e fomentar o sentimento de pertencimento, Floresta segue na contramão, reprimindo qualquer iniciativa popular. Essa proibição parece ser mais um esforço para mascarar a incompetência da gestão do que uma tentativa de organizar os processos de manutenção de bens públicos.
A questão que fica é: a prefeitura desconhecia o estado precário da trave? Era necessário que a população se mobilizasse para informar ao secretário responsável? Essa situação reflete a ausência de mecanismos básicos de monitoramento e manutenção, somados à lentidão e omissão do poder público. Quando a população toma iniciativas desse tipo, é porque já esgotou suas esperanças na capacidade de resposta da administração.
Além disso, a centralização das decisões em apenas um secretário, que responde por diversas pastas, agrava ainda mais o quadro de ineficiência administrativa. Essa concentração sobrecarrega a gestão e impede ações efetivas, deixando as demandas da população ainda mais negligenciadas.
O que se vê é uma gestão que parece querer que a situação permaneça precária, como se os bens públicos fossem propriedade privada da administração municipal. Essa postura não só prejudica o bem-estar da comunidade, mas também enfraquece os laços entre a população e a gestão pública, alimentando a insatisfação e as críticas.
É lamentável que uma administração eleita para servir ao povo demonstre tamanha desconexão com os princípios básicos de governança. O que Floresta precisa é de um governo que dialogue com a população, que seja proativo e transparente, e que compreenda que a gestão pública deve ser um instrumento de melhoria da qualidade de vida de todos, e não uma fonte de frustração e abandono.