A prefeita Rorró enfrenta um início de gestão cheio de desafios e compromissos a serem cumpridos. Além das demandas administrativas, ela precisa equilibrar expectativas e manter alianças políticas, enquanto busca fortalecer sua base de apoio e cumprir promessas feitas durante a campanha.
Na montagem de seu governo, um dos primeiros compromissos é a articulação política necessária para garantir que Lenilton assuma o mandato, visto que ele é o primeiro suplente e figura importante dentro do grupo. Outro ponto é o prestígio a Gustavo Novaes, que deverá ser nomeado para o primeiro escalão, atendendo a alianças feitas anteriormente.
Um fator que aumenta as pressões sobre Rorró é a necessidade de oferecer suporte à família. A recente derrota de seu irmão, Kiba, nas eleições em Itacuruba, trouxe à prefeita a responsabilidade de acomodar parentes que ficarão sem ocupação após a transição. Neste contexto, há rumores de que Rorró estaria planejando uma reforma administrativa para criar até três novas secretarias, o que abriria vagas para o seu pessoal e consolidaria sua rede de apoio. Segundo especialistas em direito público, essa medida não configura nepotismo, já que os cargos são considerados de natureza política e, portanto, são permitidos pela legislação vigente.
Outro compromisso sensível envolve a Secretaria de Saúde. Embora Rorró tenha prometido a pasta a Victor Laerte, a atual secretária, Juliana, não pretende abrir mão do cargo e, ao que tudo indica, deve permanecer por mais quatro anos. Como compensação, é provável que Laerte receba a concessão de mais quatro cargos terceirizados para fortalecer sua atuação e continuar colaborando na administração.
Parentes próximos, como Isabela e Janaína, também devem contar com o apoio de Rorró, que já manifestou sua intenção de amparar a família. Conhecida por seu espírito generoso, a prefeita parece determinada a cuidar de sua equipe e de seus entes queridos, buscando um equilíbrio entre interesses familiares e o bom funcionamento da gestão.
Essas articulações, no entanto, não deixam de gerar debate. A criação de novas secretarias e a priorização de aliados familiares e políticos podem atrair críticas, principalmente sobre o impacto das decisões no orçamento público e no compromisso com a eficiência administrativa.